Essa pose de menina-meiga-santinha é só disfarce.
No fundo eu escondo o veneno alecrim-doce de uma mulher.

domingo, 24 de abril de 2011

Levei um fora do meu obstetra....

Hoje é domingo, são 05:27h e é Páscoa!

Como de costume estou acordada já a algum tempo. As dores continuam me incomodando, ontem como havia comentado no post anterior, fui ao médico. tive o maior susto que uma gestante pode ter.
Eu com 36 semanas de gravidez chego no obstetra para reclamar de minhas dores, e antes mesmo de conseguir reclamar escuto um: " não vou mais fazer sua cesária".
Quase tive um enfarto, fiquei atônita, branca, azul, verde.... entre outros sintomas que não consigo explicar...Tinha acabado de levar um fora do meu obstetra.
Eu olhava para meu marido com cara de quem não queria acreditar no que estava acontecendo.

Mas porque?

Bom ai vem a seguinte história, meu obstetra é o meu patrão, ele é um senhor de 72 anos médico há muitos... experiente, inteligente e sempre me pareceu muito saudável.


Quando cheguei ontem na clínica fiquei sabendo que ele havia passado muito mal naqueles dias, problemas com o cansado coração.... e que está proibido de clinicar.

Então ele entregou meu caso, assim como os outros casos em andamento para colegas de trabalho.

Tudo bem, ele está doente, não tem culpa.... mas e eu?
Estou grávida, com uma barriga enorme, sinto as dores do parto já a algum tempo, com muitas complicações na gestação... e agora?

A primeira coisa que me passou pela cabeça foi, hoje é sábado de aleluia aqui nessa cidadezinha que nada funciona nos feriados, se o Pedro resolver dar o ar da graça eu estou "frita".
Estão todos viajando, médicos competentes, anestesistas e pediatras e eu sem obstetra...aff.
Todos sabem que mulher é um bicho complicado e quando está grávida então a coisa 'pipoca'.

A minha sorte que tenho um marido muito calmo e paciente, do tipo amigão que está sempre presente em tudo, ele com seu jeito de estrategista conseguiu me deixar mais calma, enquanto ele mesmo não se aguentava.


Já em casa, a minha ansiedade aumentava mais. E o inevitável aconteceu...comecei a ter contrações fortes, deixei o marido agitado. Tomei uma medicação para as dores que diminuiram, consegui cochilar algum tempo durante a noite. Levantei inumeras vezes, abri meu ovo da páscoa e comi quase todo com coca gelada (essa é outra história). E agora estou aqui compartilhando meu presente de páscoa com vocês.

Tenho que ficar em repouso, bem quietinha para que o Pedro aguente até segunda feira, quando tenho uma consulta marcada com outro obstetra. Depois de meses confiando em um médico, fica difícil mudar assim tão de repente, afinal, a relação médico paciente é quase um casamento, principalmente quando se está com um bebê na barriga.

Acho que é isso.... então Feliz Páscoa para todos nós!

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